repare-se na cara regozijo de quem acabou de entregar a felicidade eterna ao mundo
fiquei hoje a saber que o nosso governo anunciou o fim da crise orçamental no que respeita ao controle do défice. fico muito feliz. principalmente porque em efeitos práticos nada vai mudar na minha vida. nem na minha, nem na de vários milhões que à custa de tanto apertar o cinto já têm o ultimo buraco encostado à fivela.
apreciei também ver via tv (essa caixa mágica que tanto faz sonhar toda a espécie de criaturas) as manifestações de alegria do povo perante tal anúncio. como o povo rejubilou em ondas de felicidade incontida, com aquela expressão no rosto que dizia “eu quero é que se f**a o défice!!!!eu quero é não ter ordenado de 20 dias e mês de 40!!!”
é que o nosso relacionamento com o défice não é dos melhores. costuma-se dizer que a primeira impressão conta muito e, na generalidade, não é apreciado o facto de no primeiro encontro nos agarrarem no cinto e começarem a apertar como se não houvesse amanhã.
além de que as mesmas pessoas que nos dizem que o défice está controlado, também nos alegram com as noticias de que o crime violento baixou (conforme se pode observar no facto de o correio da manhã ter passado de 3 para 8 páginas as dedicadas a noticias desgraçadas de mortes a tiro), que o desemprego também está a baixar e que vão ser criados mais uns muitos milhares de postos de trabalho e, que não conseguem decidir onde aterram aviões e passam comboios rápidos que não precisamos.
se amanhã ouvir nas noticias que a ministra da saúde descobriu a cura para a sida durante a noite enquanto sonhava e que o ministro do ambiente conseguiu anular o efeito do aquecimento global com um sistema gerador de energia que aproveita a quantidade de merda produzida pelos vários canais de televisão nacionais, encararia isso da mesma forma que encaro as outras.
apreciei também ver via tv (essa caixa mágica que tanto faz sonhar toda a espécie de criaturas) as manifestações de alegria do povo perante tal anúncio. como o povo rejubilou em ondas de felicidade incontida, com aquela expressão no rosto que dizia “eu quero é que se f**a o défice!!!!eu quero é não ter ordenado de 20 dias e mês de 40!!!”
é que o nosso relacionamento com o défice não é dos melhores. costuma-se dizer que a primeira impressão conta muito e, na generalidade, não é apreciado o facto de no primeiro encontro nos agarrarem no cinto e começarem a apertar como se não houvesse amanhã.
além de que as mesmas pessoas que nos dizem que o défice está controlado, também nos alegram com as noticias de que o crime violento baixou (conforme se pode observar no facto de o correio da manhã ter passado de 3 para 8 páginas as dedicadas a noticias desgraçadas de mortes a tiro), que o desemprego também está a baixar e que vão ser criados mais uns muitos milhares de postos de trabalho e, que não conseguem decidir onde aterram aviões e passam comboios rápidos que não precisamos.
se amanhã ouvir nas noticias que a ministra da saúde descobriu a cura para a sida durante a noite enquanto sonhava e que o ministro do ambiente conseguiu anular o efeito do aquecimento global com um sistema gerador de energia que aproveita a quantidade de merda produzida pelos vários canais de televisão nacionais, encararia isso da mesma forma que encaro as outras.
4 comentários:
Amigo, daqui até à eleições é sempre a descer.
Abraço.
Se a crise já acabou porque é que eu ainda não dei por isso???
Devo andar distraída...
bj
A crise passou?
Passou onde?
Eles mandam é muita areia para os nossos olhos e se não nos pomos a pau começam a passar é vaselina no nosso c*.
B.Ju
pduarte:
isto vai ser tão bom que até já estou a ver o governo a apresentar-nos as portas do paraiso lá para novembro.
m&m e ju, sabem porque é que não deram por nada? porque passam grande parte do tempo a pensar como é que vão pagar as prestações, as compras, as roupas,etc,etc como o resto do maralhal.
Enviar um comentário