domingo, 16 de março de 2008

sídrome ucrainius

já voltei do pulo que dei aqui ao lado. não vou falar muito mais do que lá se passa, prefiro deixar aqui um registo para a posteridade do aqui presenciei ao regressar. quero apenas referir que quando falo em registo para a posteridade, estou convencido que estes textos farão parte das mensagens que são enviadas via rádio pelos satélites que se encarregam da tentativa de estabelecer contacto com extraterrestres.
gosto muito das tapas e outras coisas que a rapaziada do outro lado da fronteira aprecia mas a bifana com sagres é um marco cultural do qual não prescindo assim que estou do lado de cá.
acontece que apercebi-me (tanto me apercebi que fiquei mais de uma hora dentro do meu potente automóvel a observar) que existem milhares de “tugas” que pensam o mesmo. estes são os que neste momento exercem o papel de ucranianos de espanha.
sãos os milhares que trabalham do outro lado que nem desgraçados porque o país onde vivem não lhes oferece as devidas condições de vida com o que recebem no fim de um mês de trabalho.
penso sempre que um dos parâmetros de medida do desenvolvimento de um povo é a capacidade de proporcionar aos seus condições para que não tenham que deixar tudo para trás e ir para outro país.
neste caso tenho então que reconhecer que conseguimos regredir 40 anos. é certo que não se repete o episódio bidonville, mas que a malta está fugir está.
e sabem que mais?
já estive mais longe de mandar esta merda toda ás urtigas e dar de frosques.

(aquela história do getafe então fez-me ficar ainda com mais vontade. os gaijos são o estrela da amadora lá do sitio na altura em que eram treinados pelo fernando santos)

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